quinta-feira, 2 de maio de 2013

Criolo em noite mágica no Sesc Santos



Com uma marcante presença cênica, Criolo contagiou o ginásio do Sesc Santos ontem à noite com suas composições contundentes no pulsante ritmo do rap. Aliás, o que ele faz bem é não fazer apenas do rap a sua bandeira. Rolou samba, bolero, xote, reggae, e, claro, rap da melhor qualidade. A energia correu solta  em algumas músicas mais conhecidas pelo público como " Não existe amor em SP",  "Subirodoistiozin", "Grajauex" , " Bogotá" . Foi emocionante ! 

Não sei cantar  a maioria das letras mas é impossível ficar parada quando a percursão recria o ritmo negro nas composições do artista. Quem sabia cantar, cantava e dançava, quem não sabia, dançava. E Criolo também recria no palco o jogo de corpo da capoeira, do jongo ou da umbanda, tudo junto e misturado. E todos iam ao delírio ! Clamando ao público que levantasse sua bandeira, o artista fez campanha pelo retorno do Bar do Torto, assim como também interrompia o show emocionado ao ver que não apenas jovens o assistiam pois crianças e idosos também formavam aquele público. No meio do show e não só no final, humildemente venerava os músicos que o acompanhavam e , com seu discurso social, levantava sua própria bandeira em prol do respeito a todos os ritmos e por mais justiça social. 

Enfim, nunca vi um show tão para o público e com o público. Agora, alguém já viu o povo pedindo bis  e o retorno ser tão quente quanto o show  inteiro ? Pois a catarse final aconteceu quando Criolo recebeu em seu palco Preta Rara, a rapper santista do Tarja Preta, que arrasou cantando "Cerol" e "Vasilhame" com seu ídolo. No final, minha sobrinha Paolla conseguiu uma foto com seu ídolo. Foi uma noite mágica !

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

QUEM NÃO LÊ NÃO ESCREVE

Texto publicado em 1997 na Folha de São Paulo, mas tão atual, que parece que foi escrito no final de 2011

O resultado, expresso em pesquisa do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB), deve servir de alerta para os responsáveis pela gestão do ensino, os professores e pais de alunos. Não é sem razão que os estudantes brasileiros reagiram de forma tão contundente ao antigo Provão /"ENADE" instituído pelo Ministério da Educação, que expõe o despreparo com que nossos alunos saem das universidades.

O problema apontado pela pesquisa, que inclui outras áreas do conhecimento, como matemática, poderia ser simplesmente atribuído, numa análise mais simplista e superficial, à má qualidade do ensino público. O estudo, entretanto, também abrange os alunos das escolas particulares, nas quais, em tese, se pratica ensino de melhor nível.

Fica claro que a questão é mais abrangente e grave, merecendo a atenção de toda a sociedade e das autoridades no novo limiar do séc. XXI.
Seria ingenuidade, para não falar em omissão histórica, imaginar que possamos conquistar o desenvolvimento sem preparar adequadamente nossos jovens para um mundo em que a informação, em todas as áreas do conhecimento humano, será um diferencial decisivo para delimitar o grau de independência e competitividade de países, empresas, instituições e, sobretudo, indivíduos.

Não bastam tecnologia de ponta, redução de custos, programas de qualidade e produtividade. Para participar da globalização com vantagens competitivas, o Brasil precisa de valores humanos, cujos talentos, cultura, criatividade e preparo são requisitos fundamentais no desenvolvimento.

Observa-se no país, contudo, uma perigosa desvalorização da cultura básica, da erudição e do conhecimento. A informação / leia-se: LEITURA científica e humanística é 'pelletizada' em apostilas, na 'indústria' do vestibular ou na realidade virtual da multimídia eletrônica.

A grande maioria dos cursos de Ensino Médio e 'cursinhos' prepara o aluno apenas para realizar a prova, mas não desenvolve nele o senso crítico e o conhecimento de base.

Obras literárias importantes são resumidas, de forma pobre e descaracterizada, em poucos parágrafos. As apostilas são confeccionadas sem estudos prévios, ao contrário do que ocorre com os livros, que demandam anos de pesquisas por profissionais, especialistas, intelectuais, escritores e cientistas, contendo ilustrações detalhadas e informações completas.

Já sem cultura básica, nossos jovens também não são estimulados à leitura de jornais, revistas, livros, romances que também se constituem em fonte imprescindível de informação e formação.

Os estudantes sabem manipular com habilidade os rnicrocomputadores, em casa e, de forma crescente, também nas escolas, públicas e privadas. 'Navegam' com fluidez na Internet, mas não capazes de interpretar um texto de Machado de Assis; são verdadeiros ases das artes marciais dos jogos eletrônicos virtuais, mas não conseguem redigir um texto com princípio, rneio e fim, estilo, forma e linguagem; "conversam" com colegas de outros continentes, via modem, mas atentam contra o idioma com seu pobre vocabulário.

Nossos jovens têm acesso a todos os canais da era da informação, mas não têm informação. Por isso, no ano decisivo de disputa de uma vaga na universidade, recorrem a cursos especializados em vestibulares, que treinam, mas não ensinam.

As escolas brasileiras não possuem bibliotecas. As raras existentes são incompletas e, o que é pior, pouco frequentadas. Em casa, a leitura de livros, igualmente, não é estimulada. Nada contra a informática, a multimídia e a realidade virtual. É inadmissível, porém, a ausência de formação intelectual e a alienação diante da realidade tangível.

Para reverter esse quadro - uma responsabilidade de autoridades, educadores, professores e pais -, não basta oferecer aos alunos os imprescindíveis livros didáticos. É preciso oferecer-lhes incentivo e meios
de lerem os principais autores nacionais e internacionais, da literatura de ficção e não-ficção, jornais, revistas e obras científicas e humanísticas. Essa é a forma de construirmos uma sociedade inteligente, culta e capaz de conduzir o Brasil a um destino melhor.

Como reflexão, fica o alerta de Bill Gates, o multimilionário gênio da informática, que, sem qualquer constrangimento, afirmou: "meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros". Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive sua própria história.


Wander Soares - Folha de São Paulo, 24 de fevereiro de 1997.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

NOVOS ARES NA MÚSICA NACIONAL





                                                     




Domingo passei uma tarde agradável assistindo ao programa GRÊMIO RECREATIVO DO ARNALDO ANTUNES, na MTV. Um programa musical que junta no mesmo palco monstros consagrados da boa música brasileira – Lenine, Marina Lima, Pepeu Gomes, Marisa Monte, Adriana Calcanhoto, Jorge Mautner - com aqueles que estão despontando como talentos  promissores para  garantir um bom  futuro para a música nacional que, diga-se de passagem está na UTI.  Cantores e compositores como Marcelo Janeci, Tulipa Ruiz, Curumim, Ana Cañas, Ortinho e outros não tem seus rostos veiculados constantemente pela mídia televisiva mas são artistas afinados com o DNA da música brasileira, que brinca com os sons, com as nuances dos acordes, compondo e cantando letras que evocam a sensibilidade daqueles que curtem uma  música de ótima qualidade. Seriam eles um novo Clube da Esquina ?



                Bom, acontece que acordei segunda feira pensando em escrever este post e aí compromisso vai, compromisso vem e deixei a idéia amadurecer. Até que hoje, num momento de rara surpresa, encontrei no jornal da minha cidade, uma matéria onde o professor e radialista Chico Marques destaca justamente Tulipa Ruiz como a maior revelação do ano de 2011. Escutá-la cantando com Arnaldo Antunes “A Ordem das Árvores” foi um momento de epifania para mim.
                Entre os destaques citados na matéria estão também os nomes de Karina Buhr, Érika Machado, Roberta Sá, Tiê, Marina de La Riva, Mariana Aydar, Ana Cañas e Mallu Magalhães que, segundo Chico Marques “ gravaram discos novos acima das expectativas, e já garantiram seus lugares ao sol na cena atual ”.


                                                                                         Ana Cañas - Esconderijo
                Quem gosta de boa música é melhor correr e baixar logo estas dicas para salvar os computadores, celulares, IPods e rádios de carro de alguns vírus musicais altamente devastadores. Se eles te pegam, ai ai, se eles te pegam...

sábado, 3 de dezembro de 2011

Criolo em "Não existe amor em SP" no Estúdio Showlivre 2011





30/03/2011 - 07h28
Depois de 20 anos no rap, Criolo lança primeiro álbum de canções
MARCUS PRETO
DE SÃO PAULO

Ele vive, atua e cria no plano da inconsciência. E ninguém que se proíba tirar os pés do chão da vida real será capaz de entrar em contato com a melhor parte do que ele faz, do que tem a dizer.
É isso que repetem os amigos de Kleber Gomes, 35 --o Criolo. E não é preciso mais do que uma conversa de 15 minutos com ele para também concordar. Ou menos: basta ouvir sua música.
Figura influente no universo hip-hop há mais de 20 anos (assinava Criolo Doido), ele lança agora "Nó na Orelha", primeiro trabalho que dedica ao gênero "canção".
"A construção das músicas funciona da mesma forma: as letras têm que dar uma sarrafada na cabeça de quem ouve", diz. "Uma música pode derrubar uma nação. E levantar outra."
Produzido por Daniel Ganjaman e Marcelo Cabral, o álbum é feito dessas sarrafadas certeiras. Em cada uma delas, Criolo se expõe absurdamente. Transborda. Quem está conectado vai junto.
"Nunca vi um show do cara em que alguém não saísse chorando, completamente tomado por ele", diz Ganja.
Criolo faz canções --transitando entre o samba, o soul, o reggae e o brega-- há mais de dez anos. E sua ideia inicial era não colocar nenhum rap no disco. Mas os produtores não deixaram.
"A gente falou que ele tinha que fazer justamente essa interseção, porque a força do passado dele no rap é absurda", diz Ganja. "Era muito importante para que as pessoas entendessem quem era ele, de onde ele veio."
CAFÉ FILOSÓFICO
Ele veio da periferia de São Paulo. Nasceu em Santo Amaro, mas passou toda a infância e adolescência no Grajaú, onde vive até hoje.
O pai era metalúrgico. A mãe, a benzedeira do bairro.
Quando foi matricular o filho no segundo grau, ela pediu: "Será que posso me matricular também?" Cursaram na mesma turma, mãe e filho, os três anos escolares.
"Aí é que acontece a mágica da vida: enxergar a pessoa sem o personagem mãe", diz Criolo. "E você vê o quanto essa pessoa escolheu dar alguns punhados de anos e dedicação a você, danadinho. É deslumbrante."
Conta que a mãe foi muito além dele nos estudos. Formou-se em filosofia, com pós-graduação em línguas, literatura e semiótica. Recentemente, ela implantou um café filosófico no Grajaú.
Ele abandonou, para nunca mais voltar, as faculdades de artes e pedagogia. Corria atrás do dinheiro, como vendedor nas Lojas Americanas, nas lojas de calçados DIC ou na rua, vendendo cocada e roupas de porta em porta.
A carreira de MC começou quando ainda era uma criança de 12 anos. Chegou a lançar um álbum de rap --que, num presságio do que viria, já tinha uma canção.
E, mais importante que tudo isso, foi um dos criadores (junto com DJ Dan Dan) das Rinhas de MC's, batalha periódica em que os mestres de cerimônias rimam de improviso, o chamado "freestyle".
Antes de pensar em gravar "Nó na Orelha", Criolo já havia dado por encerrada sua carreira de MC. "Tipo semancol, sabe? Ciclos se abrem e se fecham e a gente tem que se dar conta disso", diz, com voz doce e olhos molhados.
Quase chora algumas vezes. Sorri quando comenta que algumas composições suas estarão em próximos discos alheios: da cantora Marcia Castro, do produtor Gui Amabis (cantada por Céu), do coletivo 3 na Massa.
Os limites já não existem.
"Quando você conhece só a pracinha, vai só até a pracinha. Mas quando descobre o cinema, cara, é uma loucura. Não dá mais pra voltar. Você já virou outra pessoa."

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

CAETANO VELOSO - NA BAIXA DO SAPATEIRO



                    DIA 02 DE DEZEMBRO -  ORIGEM DO DIA NACIONAL DO SAMBA


Sabe por que o Dia Nacional do Samba cai em dois de dezembro? Não, não é a data de nascimento de Tia Ciata. Também não é quando gravaram "Pelo Telefone". Muito menos quando Ismael Silva e os bambas do Estácio fundaram a Deixa Falar. O Dia Nacional do Samba surgiu por iniciativa de um vereador baiano, Luis Monteiro da Costa, para homenagear Ary Barroso. Ary já tinha composto seu sucesso "Na Baixa do Sapateiro", mas nunca havia posto os pés na Bahia. Esta foi a data que ele visitou Salvador pela primeira vez. Engraçado, não? A festa foi se espalhando pelo Brasil e virou uma comemoração nacional.
            Atualmente duas cidades costumam comemorar o Dia do Samba, Salvador e Rio de Janeiro. Sob a batuta do músico Edil Pacheco, Salvador sempre tem promovido grandes shows no Pelourinho com os ótimos e injustamente desconhecidos sambistas locais. Gente como Riachão, Ederaldo Gentil, Nelson Rufino, Roque Ferreira, Walter Queiroz, o próprio Edil, e o falecido Batatinha, recebendo convidados mais famosos, como Paulinho da Viola, Elza Soares, Beth Carvalho e Dona Ivone Lara.
            No Rio a divertidíssima festa fica por conta do Pagode do Trem. A idéia do samba surgiu quando moradores de Oswaldo Cruz resolveram criar um movimento para revitalizar o bairro, era o "Acorda, Oswaldo Cruz". No Dia do Samba o pessoal se reúne na Central do Brasil, lota um trem e vai tocando e cantando até Oswaldo Cruz, lá formam-se trocentas rodas de samba. Depois que começou, descobriu-se que já havia sido criado décadas antes por uma das mais importantes figuras do bairro, Paulo da Portela. Naquela época o samba era perseguido pela polícia. Os sambistas faziam suas reuniões e promoviam animadas rodas dentro dos vagões do trem. Hoje o Pagode do Trem faz parte do calendário oficial da cidade e tem estado cada ano mais cheio.
            Este ano o samba cairá num sábado. O esquema é o seguinte, a partir das 18h começa a concentração -- com muita cerveja, claro - na Central do Brasil. Já há um trem inteiro reservado para o samba. Ano passado foram oito vagões ultra lotados, este ano já reservaram 12. Cada vagão vai com um grupo que agita uma das rodas de samba do Rio, tem o vagão da Velha Guarda da Portela, do Bip-Bip, o da Teresa Cristina e grupo Semente, o da Tia Doca e Sonho Real, e por aí vai. O trem vai direto para Oswaldo Cruz, fazendo apenas uma parada na Mangueira para pegar a velha guarda verde e rosa. Chegando, você verá a maior concentração de rodas de samba já feita. Basta umas três pessoas se encontrarem para fazer uma. O clima é um barato.
            Mas é bom se preparar. É uma verdadeira maratona. Começa às 18h e vai até o último sobrevivente. No trem, vai todo mundo em pé no vagão lotado. Se não ficar perto dos músicos é até difícil escutar algo. A festa é ótima e divertidíssima, mas não vá esperando grande coisa na parte musical. O melhor é mesmo a bagunça. A Beth Carvalho costuma aparecer para dar uma força e sempre canta algo.
            Ano passado chegou a ter uma regulagem sobre quem poderia ficar no vagão com os músicos mais conhecidos. A sugestão é fugir dele, fica cheio de repórteres, câmeras, chatos, luzes e gente querendo aparecer. São os menos divertidos. Preocupante este ano é que estão promovendo o evento, que nunca teve muita mídia, na - argh! - FM O Dia. Espero que não estrague a linda festa.
Paulo Eduardo Neves 
 (Webmaster do site Samba-Choro)

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Recursos Estilísticos da Obra de Machado de Assis



Vamos enumerar alguns dos principais recursos estilísticos de Machado de Assis, a fim de compreendermos aspectos de sua escritura que não apenas o distanciam dos escritores de seu tempo, mas também o transformam em anunciador da modernidade literária, isto é, das obras produzidas no século XX :

 Narrador não confiável, que ilude, provoca, desconcerta o leitor, em " conversas" em que muitas vezes ironiza suas expectativas, por exemplo, no caso das leitoras românticas;

Reticências - omissões, lacunas, digressões - , que demonstram capacidade de despistar o leitor ingênuo, fazendo parecer sem importância o que é fundamental, e vice-versa;


Reflexões metalinguísticas que fazem crítica da linguagem e da estrutura da narrativa tradicional, e questionam o próprio processo de criação literária, ao longo de seu desenvolvimento;

Comparações insólitas, incongruentes;

Citações das mais díspares e variadas fontes;

Quebra da linearidade do enredo, com microcapítulos  digressivos, que explicam outros capítulos e dão pistas para a sua leitura;

Estilo substantivo, antirretórico;

Humor sutil e permanente, destruindo as ilusões românticas;

Linguagem sutil, ambígua, de múltiplos sentidos.

Bibliografia
Novas Palavras: português,volume único : livro do professor/ Emília Amaral...[et al.]. - 2.ed. - São Paulo: FTD,2003.

USO DA CRASE


CONDIÇÕES PARA QUE OCORRA A CRASE


1º) O termo regente deve exigir a preposição a.
2º) O termo regido tem que ser uma palavra feminina que admita o artigo a(s ).
Ele se dirigiu a + a fazenda. Ele se dirigiu à fazenda
(preposição) ( artigo ) ( crase )


Portanto, crase é o nome da fusão ( da junção ) da preposição a com o artigo a (s ). A crase é indicada pelo acento grave [`]


Regra Prática


Troque a palavra feminina por uma masculina equivalente e observe o seguinte :


Se, antes da masculina aparece ao(s) , use crase antes da feminina.


Se, antes da masculina aparecer apenas a (s ) ou o(s ), não use crase antes da feminina.


Veja.
a. Ele se dirigiu à fazenda. b. Os turistas visitaram a cidade.


Ele se dirigiu ao clube. Os turistas visitaram o museu.


EMPREGOS DO SINAL DA CRASE


Dependendo de certos fatores presentes na estrutura da frase, o emprego do sinal de crase pode ser obrigatório, opcional ou proibido. Veja


CRASE OBRIGATÓRIA


- em locuções adverbiais femininas de tempo, modo e lugar.
Cheguei às dez horas.
Leu o texto às presas.
Voltaremos à vila em breve


- em locuções prepositivas ( à + palavra feminina + de ) e conjuntivas ( à + palavra feminina + que )
Ela saiu à procura de ajuda.
Esfriava à medida que escurecia.


Crase Opcional


- com pronomes possessivos ( meu, sua, nossa etc. )
Ele se dirigiu à minha irmã.
Ele se dirigiu a minha irmã.


- com nomes de mulher
Eu me refiro à Patrícia.
Eu me refiro a Patrícia.


- com a palavra até
A estrada vai até à praia.
A estrada vai até a praia.


Crase Proibida


- com palavras masculinas
Escreva o texto a lápis.


- com verbos
Ela começou a gritar.


- com esta(s), essa(s), cuja(s)
Dou valor a essa vitória.


- com pronomes pessoais e de tratamento
Obedeço a ela, não a V.S.ª


- entre palavras repetidas
Estamos frente a frente.


- com nomes de cidades ( sem especificativo )
Iremos a Curitiba.


Obs. Havendo especificativo haverá crase.
Iremos à bela Curitiba.




- com a palavra casa ( sem especificativo )
Chegamos cedo a casa.


- com a palavra terra ( no sentido oposto ao de “água”)
O náufrago chegou a terra.


Obs. A palavra terra, no sentido de “planeta” e de “ terra natal”, admite artigo; por isso ocorrerá crase se o termo regente exigir preposição.


A espaçonave voltará à Terra em um mês.
Sempre sonhou em retornar à terra em que nasceu.


Bibliografia
Novas Palavras: português,volume único : livro do professor/ Emília Amaral...[et al.]. - 2.ed. - São Paulo: FTD,2003.